domingo, maio 21, 2006
jornal on-line da Universidade de Évora
Foi com agradável surpresa que atravéz do Axónios Gastos, descobri a existência do jornal on-line da Universidade de Évora.
Encerramento de cursos II
Ainda sobre o possível encerramento de cursos.
Eis uma opinião e experiência pessoal exposta no Forum da Associação Portuguesa de Mecatrónicos:
"Caro Alexandre e outros amigos Mecatrónicos,
Quando a SESI anunciou o encerramento do ISTC e consequentemente do curso de Eng. Mecatrónica, os alunos deste instituto dividiram-se em 2 grupos: os que aceitaram o encerramento e desistiram de imediato, mudando para outras universidades (e cursos), e os que acreditam na Eng. Mecatrónica e não estavam dispostos a abdicar da sua escolha.
Embora a intenção da SESI fosse encerrar no final do ano lectivo 2001/2002, o encerramento só ocorreu no fim do ano lectivo 2003/2004 (2 anos mais tarde).
Em resumo, o grupo que desistiu e não acreditava, ficou sem o curso de Mecatrónica, e muitos, ainda hoje estão noutras universidades, noutros cursos. Os alunos que ficaram e lutaram até ao fim, viram-se com o seu canudo de Eng. Mecatrónica na mão.
Em resumo o ISTC só fechou quando já não tinha alunos.
Quanto à Mecatrónica na Universidade de Évora, lutem até ao fim. Pois esta é a única forma de não haver fim.
Aquando a nossa luta, todas as instituições públicas de poder governativo (ministério da ciência e ensino superior (e o próprio ministro), presidência da republica, todos os partidos políticos com acento parlamentar, provedor de justiça, ministério dos transportes, e até mesmo presidentes de algumas das empresas accionistas da SESI) mostraram interesse em ajudar a manter o curso aberto (e todas as fizeram). No entanto por a SESI ser uma empresa (S.A.) nada a podia fazer desistir da ideia de encerar uma escola (e curso) que lhe estava a dar prejuízo.
Mas a universidade de Évora é uma escola pública, e, uma vez que é a única universidade com o curso de Eng. Mecatrónica, tem o compromisso e responsabilidade para com o país de formar Engenheiros Mecatrónicos (muito escassos e procurados) e com um papel fundamental na evolução tecnológica do nosso país.
Já reparam que o Instituto Superior Técnico ainda mantém Eng. Naval? Mesmo, em alguns anos, só com uma candidatura. Na altura do encerramento do ISTC foi-nos dito que era por ser o único curso de Eng. Naval no país. Então e a Eng. Mecatrónica? Existe em mais alguma Universidade?
Estou convosco. Lutem. Se necessário estarei ao vosso lado. Não desistam. A Mecatrónica merece.
Um abraço e coragem que é o que nos distingue."
Hugo Guimarães (Presidente da Associação Portuguesa de Mecatrónicos)
O certo é que o curso de Engenharia Mecatrónica no ISTC acabou por encerrar, mas a posição foi de resistência e luta. No nosso caso pode vir a acontecer o encerramento, no entanto, não podemos encarar esta possibilidade de forma passiva.
Colegas, há que reflectir sobre esta eventualidade.
Eis uma opinião e experiência pessoal exposta no Forum da Associação Portuguesa de Mecatrónicos:
"Caro Alexandre e outros amigos Mecatrónicos,
Quando a SESI anunciou o encerramento do ISTC e consequentemente do curso de Eng. Mecatrónica, os alunos deste instituto dividiram-se em 2 grupos: os que aceitaram o encerramento e desistiram de imediato, mudando para outras universidades (e cursos), e os que acreditam na Eng. Mecatrónica e não estavam dispostos a abdicar da sua escolha.
Embora a intenção da SESI fosse encerrar no final do ano lectivo 2001/2002, o encerramento só ocorreu no fim do ano lectivo 2003/2004 (2 anos mais tarde).
Em resumo, o grupo que desistiu e não acreditava, ficou sem o curso de Mecatrónica, e muitos, ainda hoje estão noutras universidades, noutros cursos. Os alunos que ficaram e lutaram até ao fim, viram-se com o seu canudo de Eng. Mecatrónica na mão.
Em resumo o ISTC só fechou quando já não tinha alunos.
Quanto à Mecatrónica na Universidade de Évora, lutem até ao fim. Pois esta é a única forma de não haver fim.
Aquando a nossa luta, todas as instituições públicas de poder governativo (ministério da ciência e ensino superior (e o próprio ministro), presidência da republica, todos os partidos políticos com acento parlamentar, provedor de justiça, ministério dos transportes, e até mesmo presidentes de algumas das empresas accionistas da SESI) mostraram interesse em ajudar a manter o curso aberto (e todas as fizeram). No entanto por a SESI ser uma empresa (S.A.) nada a podia fazer desistir da ideia de encerar uma escola (e curso) que lhe estava a dar prejuízo.
Mas a universidade de Évora é uma escola pública, e, uma vez que é a única universidade com o curso de Eng. Mecatrónica, tem o compromisso e responsabilidade para com o país de formar Engenheiros Mecatrónicos (muito escassos e procurados) e com um papel fundamental na evolução tecnológica do nosso país.
Já reparam que o Instituto Superior Técnico ainda mantém Eng. Naval? Mesmo, em alguns anos, só com uma candidatura. Na altura do encerramento do ISTC foi-nos dito que era por ser o único curso de Eng. Naval no país. Então e a Eng. Mecatrónica? Existe em mais alguma Universidade?
Estou convosco. Lutem. Se necessário estarei ao vosso lado. Não desistam. A Mecatrónica merece.
Um abraço e coragem que é o que nos distingue."
Hugo Guimarães (Presidente da Associação Portuguesa de Mecatrónicos)
O certo é que o curso de Engenharia Mecatrónica no ISTC acabou por encerrar, mas a posição foi de resistência e luta. No nosso caso pode vir a acontecer o encerramento, no entanto, não podemos encarar esta possibilidade de forma passiva.
Colegas, há que reflectir sobre esta eventualidade.
segunda-feira, maio 15, 2006
Encerramento de cursos
Advinhem que curso está na lista divulgada pelo Expresso dos 377 cursos universitários e politécnicos que podem encerrar em virtude de terem menos de 20 candidatos! E já agora vejam a opinião de João Vasconcelos Costa.
quarta-feira, maio 10, 2006
O Processo de Bolonha e o Matrix
Mais uma do colega Robalo:
"São palavras conhecidas e que aparentemente não têm nada a ver uma com a outra mas lá escondido no meio académico existe uma profunda relação a qual tentarei explicar de acordo com os conhecimentos adquiridos de fontes não autorizadas. Na verdade existe uma conspiração concertada dos dirigentes das universidades europeias para uniformizar cursos (para mal dos nossos pecados fosse esse o problema....adiante...) e uma das medidas é deixar ao aluno a tarefa de aprender a matéria das disciplinas por si próprio, algo que já acontece nas universidades em geral e com os resultados que se vêm. Não querendo negar algo que desconheço à partida, parece-me que caminhamos para um sistema de cursos "CEAC". Você aprende sozinho e a universidade descarta-se da sua principal função que é ensinar. E neste ponto deve estar a perguntar-se: " e o Matrix?". Se viram o filme devem-se certamente lembrar forma com eles adquiriam aquelas capacidades todas; ligavam-nos umas fichas na cabeça e ZZÁS, de um momento para o outro sabiam pilotar helicópteros, acrobacias e artes marciais dificílimas...então por associação de ideias temos o Matrix em Bolonha porque "eles" esperam que tu aprendas sozinho e em pouco tempo. E aqui está uma falsa questão, por um lado reduzem o número de anos de uma licenciatura para 3 anos e como tens que desenrascar-te sozinho demoras mais 3 ou 4 o que voltamos ao mesmo. Enfim, o que me parece é que os preparativos para entrar neste novo sistema estão a ser feitos à pressa por imposição governamental. Eu pergunto-me: qual é a urgência? Queremos chegar com a maior da rapidez a um sistema cujas bases estão mal feitas ou minadas à partida? Queremos ser o menino bem comportado da União Europeia quando em tudo somos os mais atrasados?!
Sobre este assunto existem perguntas para as quais ainda não existem respostas. Quanto a ti não sei, mas eu vou já ver o Matrix!"
Por Bruno Robalo
"São palavras conhecidas e que aparentemente não têm nada a ver uma com a outra mas lá escondido no meio académico existe uma profunda relação a qual tentarei explicar de acordo com os conhecimentos adquiridos de fontes não autorizadas. Na verdade existe uma conspiração concertada dos dirigentes das universidades europeias para uniformizar cursos (para mal dos nossos pecados fosse esse o problema....adiante...) e uma das medidas é deixar ao aluno a tarefa de aprender a matéria das disciplinas por si próprio, algo que já acontece nas universidades em geral e com os resultados que se vêm. Não querendo negar algo que desconheço à partida, parece-me que caminhamos para um sistema de cursos "CEAC". Você aprende sozinho e a universidade descarta-se da sua principal função que é ensinar. E neste ponto deve estar a perguntar-se: " e o Matrix?". Se viram o filme devem-se certamente lembrar forma com eles adquiriam aquelas capacidades todas; ligavam-nos umas fichas na cabeça e ZZÁS, de um momento para o outro sabiam pilotar helicópteros, acrobacias e artes marciais dificílimas...então por associação de ideias temos o Matrix em Bolonha porque "eles" esperam que tu aprendas sozinho e em pouco tempo. E aqui está uma falsa questão, por um lado reduzem o número de anos de uma licenciatura para 3 anos e como tens que desenrascar-te sozinho demoras mais 3 ou 4 o que voltamos ao mesmo. Enfim, o que me parece é que os preparativos para entrar neste novo sistema estão a ser feitos à pressa por imposição governamental. Eu pergunto-me: qual é a urgência? Queremos chegar com a maior da rapidez a um sistema cujas bases estão mal feitas ou minadas à partida? Queremos ser o menino bem comportado da União Europeia quando em tudo somos os mais atrasados?!
Sobre este assunto existem perguntas para as quais ainda não existem respostas. Quanto a ti não sei, mas eu vou já ver o Matrix!"
Por Bruno Robalo